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E então, aos 56 anos de carreira, cá estou, versão #fafadigital.
Justo eu, um ator do teatro, amante da interação física, agora desafiado a ter essa outra versão. Gosto do desafio, mas preciso começar do começo, me acompanha?
Sendo assim, conto aqui uma história, volátil, inacabada, pueril, assim como nossos tempos atuais, pra deixar à mostra não só números, mas tb o meu lugar analógico nesse ainda jovem universo digital.
Na década de 60 não era assim...
Casa cheia? Teatro lotado? Essa era a nossa interação já em A Ceia dos Cardeais e tb no teatro de Arena de São Paulo. Ah, esse teatro... Assim era e era bom demais!
Em minha saudosa primeira novela, Nenhum homem é de Deus, pela TV Tupi, perdia o contato direto com o público. Em troca, flutuávamos, pelo ar, transmitindo pitadas de cultura às casas de milhares de brasileiros.
Em 73, Mulheres de Areia atingiria 36 pontos de audiência (não que eu soubesse), ainda na Tupi, confere? Agora a casa cheia é outra, sofá cheio, família reunida, e eu, Zara, Eva Wilma, Guarnieri, e muitos amigos, ali, na telinha, e nas curvas desses números aí.
Foram muitos anos de TV e teatro. 40 peças, 50 longas e outras 50 novelas e filmes para TV.
Meu último, Bom Sucesso, já conectado a essa nova realidade cibernética. Então me permiti ter meu insta, sim, assim, abreviado, quase gíria, esse Fagundes versão #fafadigital.
Logo em seguida o Mark me bloqueou. Eu já na casa dos 600 mil seguidores, distribuindo rosas em comentários, tive meu primeiro post bloqueado. Era mês 08, dia 07, e ali me lembrei de outro número, esse ruim, 64. Mas ele não amarga a memória nem os sorrisos e rosas daquele dia.
Meu primeiro reels foi aos 71! Ainda tá recente, e agora tá na nuvem (já é cringe isso?), impossível esquecê-lo. Primeiro de outros ainda poucos, mas com eles já interajo com mais de 1 milhão e trezentas mil de pessoas.
Na peça 7 minutos, eu dizia "A plateia não é esse buraco negro que as pessoas pensam". E hj, pela internê, aqui, na rede, milhares de seguidores, comentários e curtidas me comprovam isso.
Um brinde à interação!
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